segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Estamos de LUTO.



O Moto Grupo Estradeiros da Liberdade em sintonia com seu irmão, está de luto pelo falecimento da esposa e companheira nossa. A dor da partida é enorme, mas o exemplo e os momentos lindas que ela deixou nos dão a certeza a vida é bela e a devemos cultivar com intensidade. Nos colocamos e irmandade, junto contigo e tua família e o que precisar pode contar com todos.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Motociclismo...


Me senti na obrigação de postar...

:: Ser Motociclista é ::

By Paredes
Ser motociclista não significa simplesmente possuir uma motocicleta
Pilotar uma moto não te credencia como motociclista
Para ser um motociclista, não basta ter um capacete e uma jaqueta de couro.
Uma roupa de couro sintético, uma bota de grife e uma moto potente e barulhenta não te credenciam como motociclista.
Existem certos regulamentos que não estão escritos, mas existe no bom senso de todo motociclista.
SER MOTOCICLISTA.
É ser solidário com os companheiros
É saber a hora de agradar e a hora de calar
É olhar para um companheiro e saber entender seus problemas
É ter sensibilidade para sentir o vento roçar seu rosto quando em baixa velocidade
É ser acariciado pela brisa e saber que Deus existe e te protege
É saber que está sendo aguardado pelos companheiros sem estar com a carteira cheia de dinheiro.
É saber a hora de calar seus impulsos de criticar os atos de quem faz, porque você não teve iniciativa para fazer o que está sendo feito, mesmo que precariamente.
É sentir o prazer de compartilhar os problemas dos motociclistas, e apresentar soluções.
É parar em um semáforo, olhar para o lado e cumprimentar o Moto Boy que está humildemente admirando tua linda e potente motocicleta.
Tenha certeza que neste momento você está sendo admirado e não existe inveja.
Nas estradas ou na cidade, são os Moto Boys que sempre nos auxiliam quando nossas lindas e potentes motocas nos deixam na mão. Um Moto Boy sente prazer em te ajudar.
Você, que quando vê um companheiro parado, acelera e olha para o outro lado, porque é arrogante e não quer perder tempo. (E se considera motociclista?),
Quando você cumprimentar o motociclista que está ao seu lado, sem conhecê-lo, independente da cilindrada, você será um motociclista (tem que ser por prazer e não por obrigação),
Quando você sentir que um motociclista está em dificuldade e você parar para ajudá-lo, você será um motociclista,
Para ostentar um colete e ser um motociclista escudado, não basta simplesmente juntar meia dúzia de motoqueiros e mandar bordar um emblema ou comprar os coletes prontos nas barracas de ofertas em moto encontros. Nestes termos, os Moto Clubes estão surgindo como ervas daninhas sem controle. O principal é ser solidário, conhecer profundamente a filosofia dos motociclistas veteranos e participar sutilmente, sem fazer escândalos para ser notado.
Quando você conseguir chegar com tua potente motocicleta, com escapamento aberto e barulhento, em uma roda de amigos, e aliviar o acelerador para não interromper a conversa deles, você será um motociclista. Enquanto isto for impossível, você será simplesmente um cara encima de uma moto. Um proprietário de uma moto grande.
Acelerar uma motocicleta para chamar a atenção das pessoas é atitude de um jacu, para chamar a atenção de seus superiores.
Se você não cumpriu qualquer destes ítens, você poderá ser uma pessoa arrogante, que se julga motociclista, mas é simplesmente um proprietário de moto, que se infiltra e usa verdadeiros motociclistas para poder se promover.

Bom final de semana irmãos Estradeiros da Liberdade...


A vida....


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O perigo de uma viagem de moto está nas malas, nos baús e bolsas que levamos. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera.
Já experimentei na carne a verdade dessas palavras, mas aprendi. Minhas malas eram sempre superiores às minhas necessidades, e por isso minhas partidas e chegadas eram mais penosas do que deveriam. Andei pensando sobre as malas que levamos em nossas viagens de motocicleta. Elas são expressões de nossos medos, elas representam nossas inseguranças.
Olho para um motociclista que passa com suas imensas bagagens atreladas e fico curioso em saber o que há dentro delas. Tudo o que se leva, está diretamente ligado ao medo de necessitar. O fato é que essa bagagem toda representa nossa insegurança, digo por mim.
No início de minhas viagens de motocicleta, levava comigo a pretensão de deslocar o meu mundo, tinha medo do que iria enfrentar, isso, quando ainda não existiam malas laterais, top case, bolsa de tanque, etc., a bagagem viajava em bolsas improvisadas amarradas ao bagageiro, envoltas em lona de caminhão. Eu queria fazer caber no exíguo espaço a totalidade dos meus significados. A justificativa é racional, pois corresponde às regras do bom senso, preocupações naturais de quem não gosta de passar privações.
Nós nos justificamos: posso precisar disso, posso precisar daquilo... Olhava ao meu redor e via que as coisas que pretendia levar não poderiam ser levadas. Às vezes durante uma longa viagem de moto me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que um terço do que levei não me serviu para nada. 
Partir é experiência inevitável de sofrer ausência, nisso mora o encanto da viagem de moto. Viajar de moto é descobrir um mundo que não temos, é o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence, visto sobre duas rodas. A partida nos abre os olhos para o que deixamos - bom é partir, melhor é voltar. A distância nos permite mensurar os espaços deixados, por isso, partidas para longas viagens e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que nos é essencial. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com o desejo de amar ainda mais o meu espaço.
A vida e as viagens seguem as mesmas regras, os excessos nos pesam e nos tiram a vontade de viver, por isso é necessário partir, sair na direção da realidade. Não carregue seus pesos, eles não lhe permitirão adentrar o território alheio, nem enxergar de um jeito novo o território que é seu.
Boas partidas e chegadas a todos!!!
Autor: texto por Otavio Araujo “Gugu” - 71 anos, motociclista há mais de 50 anos. Administrador e empresário da construção civil que roda em uma Honda Varadero XL V 1.000